Nuno Ricardo Santos Madureira. O nome pode não dizer-lhe nada mas a história deste guarda-redes irá com certeza emocioná-lo.
Com 15 anos de idade, três anos após ter perdido a mãe devido a um linfoma, Nuno descobriu que tinha a mesma doença que tinha levado a sua figura materna. Teve de deixar de parte o futebol (alinhava nos juvenis do GD Terras Costa) e iniciar uma luta pela vida.
Após alguns exames e do internamento no IPO, foi dito ao pai do guardião que ele teria dois meses de vida e que, com o tratamento que iria efetuar, ou morreria da enorme dose tomada ou se salvaria.
O atual guardião do Amora acabaria por fazer o autotransplante de medula, vencendo aquela que foi a maior batalha da sua vida.
Após ter vencido a batalha há 23 anos, hoje, com 39 anos de idade, Madureira continua a visitar o Instituto Português de Oncologia a cada dois anos, sabendo que tem de manter essa rotina.
O desporto, deixado em 1994 devido à doença, só viria a fazer parte da vida de Nuno Madureira em 2001. Primeiro no futsal dos Jovens Sacramento e depois, em 2004, no futebol do CF Trafaria. Desde aí passou pelo GDP Costa da Caparica, GD Fabril, GD Alcochetense, Cova da Piedade e Almada AC, até chegar, em 2014, ao Amora, o seu atual clube.
Um adolescente que lutou pela vida como um Homem. Um jovem que se tornou mais calmo e mais moderado. Uma Madureira madura.
Fonte: Diário de Notícias