Foi, a nível individual, uma exibição acima dos colegas de equipa na sua maioria a de Svilar em Manchester, na derrota por 2-0 do Benfica. Teve grandes defesas (uma delas de uma grande penalidade), mas há algo que precisa de ser aprimorado de forma mais consistente.

A questão do posicionamento, terá de rever a noção de bissectriz e re-ajustes. E isto foi algo que falámos ainda esta semana de Vagner no golo de Marega em Portugal (ver aqui) e somos obrigados a voltar a falar disto com um diferente protagonista: Svilar. Num aspecto de jogo que, se for bem feito, evita (muitos) erros. E quem sabe se este auto golo de ontem não seria evitado…

 

Este é o momento do remate e partimos o lance na análise em dois momentos:

  1. O posicionamento de Svilar numa linha quase perfeita entre o defesa e Matic que remata. Contudo, mal feito. Estava na costas do defesa e, assim, a tapar um lado que já estava tapado pelo posicionamento do defesa neste caso. (noção de bissectriz na linha entre a bola e a baliza)
  2. O posicionamento que seria ideal: entre os dois defesas (onde a bola passou) e mais no centro da baliza. O auto-golo dá-se porque voa rapidamente mas depois de um enorme salto do outro lado da baliza. Mais central podia ter resolvido com um desvio (ou a agarrar) como fez durante a partida em alguns remates.

Ou seja, a forma como é definido o posicionamento do guarda-redes pode resolver (e principalmente, evitar) muitos erros. E este apesar do extremo azar de ter batido no poste e ressaltado no corpo do guardião, podia ter tido outra resolução por descuidar grande parte da baliza e não estar coordenado com a defesa encarnada.

Mas mesmo com este pormenor (apesar de ter dado em golo) prova que as suas exibições mostram potencial mas que ainda precisa de ser muito lapidado. A capacidade no 1×1 e de ataque à bola merece um grande elogio, mas os posicionamentos a remates exteriores e cruzamentos merecem uma revisão apertada, pois são os tipos de lance que o Benfica mais sofre oportunidades de golo em jogo.

  • Gonçalo Xavier, A Última Barreira