Tornar o jogo simples e não caótico. Entender o momento e espaço. A lição para Viviano tirar da estreia em Alvalade

Por Gonçalo Xavier, A Última Barreira 

No passado sábado, no empate no jogo de apresentação do Sporting CP aos sócios (1-1 contra o Marselha), Viviano estreou-se na baliza leonina. E não podia ter início pior, com um erro directo no golo adversário. E foi de algo que, apesar de ser das suas maiores qualidades (jogo com os pés), também tem na base um dos seus maiores problemas: o excesso de confiança em si mesmo. E ele, nesta pré-época já havia mostrado isto tal como já tínhamos referido:

“(…)  também a qualidade dos pés mas, desta vez, com um excesso de confiança que pode fazer tremer os adeptos das bancadas, pois confia demasiado em si. Veremos se é “apenas” para mostrar essa astúcia para a equipa ou se irá permanecer, nele que é um guarda-redes de traços simples na execução técnica. Ainda se notam alguns problemas físicos (peso) mas nada que com treino não se resolva. “ (ver aqui o artigo de 13 Julho 2018)

Mais importante que apontar a um erro claríssimo sem justificações, é importante explicar o que aconteceu de mau. Vejamos:

  • Dando linha de passe perto da linha de fundo e com pressão adversária, não se pode complicar. Pelo contrário, é simplificar ao máximo, ainda para mais numa equipa nova.
  • A recepção com o pé esquerdo, para o pé direito, é feita para a frente da baliza. Outro princípio errado. Para evitar erros destes, a recepção orientada tem de ser para fora da baliza. Em teoria, num espaço mais alargado, está certo para variar jogo. Mas num espaço reduzido não pode acontecer.
  • A extrema descontracção suou a displicência pelos motivos acima referidos. Para além da visão periférica (talvez pelo passe recuado para si ter saído forte) não ter funcionado. Mas também não houve espaço e tempo para isso.
  • Comunicação entre guarda-redes e defesa não funcionou, para ambos os lados.
  • Apoios totalmente orientados para quem faz o passe recuado, impossibilitando assim a visão periférica (como já apontado)

Fica o lance para melhor percepção do tema e do que aconteceu mas que, não deve ser tida como uma conclusão precipitada da sua capacidade, ou não, com os pés. Mas que, enquadrada no contexto certo, a análise terá de servir como lição aprendida e que Viviano em jogos oficiais não terá destes erros. Porque ele costuma ser um guarda-redes de processos simples, na distribuição e defesa de baliza. É isso que podem esperar dele.

 

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