Helton Leite, o novo dono da baliza do Boavista: Perfil, segurança e qualidade!

Por Gonçalo Xavier, A Última Barreira 

O novo guardião do Boavista FC (Portugal), que sucede a Vagner que foi uma das figuras na última época no campo, é Helton Leite (ex São Caetano) e tem a concorrência de Rafa Bracalli que chega do Arouca.

O guardião brasileiro tem 1.97m e cerca de 90kg e tem 27 anos de idade (a fazer 28 no final do ano). Tem nesta experiência a sua primeira aventura fora de Portugal, depois de quase uma década no futebol profissional no Brasil, entre a Serie A e as divisões secundárias, sendo das suas maiores conquistas a Serie B e jogos disputados na maior liga brasileira e também na Libertadores. O seu passe desportivo pertencia ao Botafogo, que tem na baliza o indiscutível Jefferson (internacional A pelo Brasil) e ainda Gatito Fernandez, outra das figuras do clube. Esteve emprestado ao São Caetano na época passada onde brilhou a alto nível nos meses que lá jogou. É neste momento jogador em definitivo do Boavista, com contrato até 2021.

Chegou a Portugal e, contra as expectativas de muitos, assumiu a baliza do Boavista quando muitos esperariam que fosse Bracalli. Mas o que vale o gigante guardião brasileiro? Explicamos… primeiro com imagens no Brasil:

O que se destaca?

A grande agilidade, equilíbrio no seu corpo que lhe facilita todas as suas acções, alta velocidade de reacção e uma frieza acima da média. A confiança em si, a boa capacidade de decisão e coerência nos seus posicionamentos altos, para resolver todas as situações (remates abertos/fechados, cruzamentos, etc). E um bom exemplo destas últimas características foi o que fez, há poucos meses, contra o Palmeiras: confiança, ousadia no ataque à bola pelo ar, coragem, e comando de área. Reparem…

E estes posicionamentos altos? Trouxe-os para Portugal…

Vejam só esta imagem do jogo da sua estreia no Boavista, na Taça da Liga, na Madeira contra o Nacional… e é isto, sistematicamente (muita confiança em si mesmo…) em quase todos os contextos de jogo.

Posicionamento em remate exterior coberto, contra o Nacional

E os apoios fixos em fases tão preliminares?

Helton tem algo muito característico: mesmo com a bola disputada no meio campo, ele está com os apoios fixos e esta é a sua posição base no jogo quando o adversário está no meio campo ofensivo (e no seu defensivo). Normalmente, o guardião tem este comportamento quando há eminência de remate/cruzamento. Mas Helton não. Vai depois fazendo alguns ajustamentos na sua posição base (corpo médio-baixo) e com baixo centro de gravidade, sejam pequenos ajustamentos para a frente ou lados. E isto cria o problema de mais dificuldade na reacção ao imprevisível (desvios, mudanças de flanco, cruzamentos abertos, passes de ruptura para avançados passíveis de controlar a bola). São casos que, com este comportamento morfológico, se tornam complicados de gerir e defender.

Com os pés é competente, batendo forte na frente com o seu pé direito. Recebe, levanta a cabeça, passa longo. Foi o hábito e a base vinda do Brasil, em Portugal pode (e é capaz) de evoluir nesse sentido, apesar do pé direito ser totalmente dominante.

Em suma, um belíssimo guardião que esteve muitos anos na sombra no Brasil e que, pelo perfil altivo, frio, seguro e ofensivo, pode ser uma referência da baliza em Portugal e uma das revelações desta época para as balizas em Portugal. E Bracalli não terá vida fácil para lhe ganhar a titularidade… mas uma coisa é certa: a baliza foi muito bem substituída, pós-Vagner (que saiu para o Qarabag) numa posição que criou muita preocupação na equipa boavisteira, principalmente para os adeptos. E neste momento? Estão seguros na baliza… novamente.

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