Um lance difícil de explicar de Pickford, no Derby de Merseyside, mas… vamos tentar mesmo com o “slow-motion”!

O Liverpool venceu em sua casa o eterno rival Everton, por 1-0, com um golo no último lance do jogo. Muitos se apressaram, em “praça pública”, em julgar de imediato Pickford… mas é um momento que é necessário rever, muitas vezes, e tentar-nos colocar na sua pele e entender a decisão/acção.

Antes de explicar, mostramos o lance “corrido” e o momento em “slow-motion” para se entender a complexidade do momento:

Em slowmotion…

 

O primeiro apontamento possível sem contexto, seria algo como: a bola ia sair, deixava ir! Ou algo a dizer que era só tocar para fora e estava resolvido. Mas por este mesmo motivo temos de integrar o contexto porque é uma decisão mais complexa do que se possa pensar à primeira vistae admito, fiquei em choque com o lance na altura, de tão insólito que foi e da consequência da mesma…

A bola vai alta, enrolada e de trajectória imprevisível. Estavam já além dos 94 minutos e o pensamento de Pickford deve ter sido com base nisto, de evitar um canto e mais um momento de aflição num momento de jogo onde o Liverpool é forte, e de confiança total em si que podia agarrar e acabar o jogo nas suas mãos, até porque estava a fazer um bom jogo. Tudo isto leva a termos decisões mais divergentes do que seria na teoria o correcto. Até porque é muito fácil quem está de fora ver e dizer que tinha “X” opção. Mas sob esta exigência… e em pleno campo, é mais complicado. E por isso é necessário tentar entender a decisão de profissionais e os motivos para essas acções.

Pegando na trajectória da bola… reparem como a bola vai enrolada, forte – até no slow motion, a bola desce muito mais rápido do que Pickford faz a impulsão – e ele tem a decisão de tentar agarrar no ponto mais alto, como mandam as regras. O problema é que estava enrolada e a dirigir-se para cima da barra. Quando estica os braços, estes embatem na barra e ajuda que a bola vá para dentro de campo, para frente da baliza. Não é fácil a decisão de só proteger com os braços e esperar que a bola saísse e como tal sentiu que podia acabar com o jogo nas suas mãos, e o excesso de confiança ajudou a esta decisão. Porque, lá está, o jogo estava-lhe a correr muito bem. Acerto, calma, e boas decisões no geral. Foi mais a interpretação do lance (que era legítima, para evitar novo lance de perigo) que ditou o insucesso, mais do que a acção. A acção foi consequência deste problema inicial… e um problema e interpretação que seria aceitável, se ele conseguisse agarrar – que, fisicamente, seria complicado – e este alarido e resultado final não era tido. 

Daí a complexidade da posição. As interpretações que um guardião tem, nem sempre são o melhor para o momento pela sua rapidez e complexidade, não havendo compensações de colegas para evitar o golo. E isto trás mais adversidade e dificuldade ao posto. Mas o que dita a interpretação… é o resultado. E ambos se discutem, mas não podem ser “estanques” nas análises. Não pode ser só verdade ou mentira. Podem haver meios termos. E este é um dos casos. Não era o melhor gesto, de tentar evitar um canto correndo este risco “físico”, mas é perceptível se inserirmos o contexto.

 

Por Gonçalo Xavier, A Última Barreira 

 

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